08/04/2025
Proteção contra raios e aterramento: a caso da UTE Candiota II – Fase C

Sistemas elétricos industriais exigem proteção confiável contra descargas atmosféricas e aterramento adequado para evitar falhas e garantir a segurança operacional. No entanto, muitas vezes, projetos são elaborados sem considerar as condições reais do local, levando a riscos significativos.
Foi exatamente isso que aconteceu na UTE Candiota II – Fase C, onde a adoção inicial de padrões chineses de proteção contra raios e aterramento exigiu adaptações para atender aos padrões brasileiros. A Filippon Engenharia participou desse processo, aplicando metodologias avançadas para melhorar a eficiência e segurança da instalação.
Neste texto, vamos explorar como a tropicalização dos sistemas de proteção contra raios e aterramento foi essencial para garantir a segurança e eficiência dessa usina termelétrica.
Desafios na proteção contra descargas atmosféricas
Inicialmente, a proteção contra raios foi projetada com base em normas chinesas, utilizando pára-raios elevados de 35 a 50 metros para proteger a área dos transformadores. No entanto, essa abordagem não considerava parâmetros elétricos essenciais, como:
- Nível básico de isolamento (BIL) do sistema elétrico;
- Densidade de descargas atmosféricas na região;
- Critérios probabilísticos de falha na proteção.
Essas limitações poderiam gerar falhas na proteção da usina contra descargas atmosféricas, aumentando o risco de danos aos equipamentos.
Solução brasileira: a tropicalização do sistema de proteção.
Para corrigir essas falhas, a equipe de engenharia brasileira adotou uma abordagem mais eficiente:
- Substituição de pára-raios elevados por cabos de guarda aéreos, reduzindo custos e aumentando a proteção.
- Uso de metodologia probabilística para avaliar a eficiência do sistema, garantindo melhor cobertura contra raios.
- Adoção de critérios baseados em estudos de proteção de subestações brasileiras, como as de Itaipu.
Com essas mudanças, o risco de falha da proteção foi reduzido para 0,1598 falhas a cada 100 anos, um índice considerado excelente.
A importância do aterramento na segurança elétrica
O aterramento elétrico é essencial para dissipar correntes de falha e evitar tensões perigosas no solo. O projeto inicial do aterramento da UTE Candiota II – Fase C seguiu normas internacionais, mas sem considerar as características do solo local.
Para garantir a eficiência do sistema, a Filippon Engenharia utilizou um software especializado para simular a distribuição da tensão no solo. Os principais ajustes foram:
- Redefinição da malha de aterramento para melhor distribuição da corrente de falha.
- Análise detalhada dos valores de tensão de passo e toque para garantir segurança aos trabalhadores.
- Ajustes na disposição dos condutores para otimizar a dissipação da corrente no solo.
Os resultados foram positivos, garantindo um aterramento seguro e eficiente para a usina termelétrica.
A experiência na UTE Candiota II – Fase C demonstrou a importância de adaptar projetos internacionais às condições locais para garantir a segurança e eficiência dos sistemas elétricos.
A Filippon Engenharia aplicou metodologias avançadas de proteção contra descargas atmosféricas e aterramento, garantindo um desempenho superior e custos otimizados para a usina.
Se você deseja conhecer mais sobre soluções de proteção contra raios e aterramento, entre em contato conosco!
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